Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países, dos 193 países existentes (ONU). Ou seja, apenas pouco mais da metade dos países celebram o dia internacional da mulher, e se pararmos para pensar, dos 100 países que celebram, em quantos desses as mulheres conseguiram ter efetivamente os seus direitos atendidos? Com certeza poucos ainda.
Mudar a realidade desse outros 93 países é difícil, mas se pensarmos em um contexto menor, em nossa família por exemplo, fica bem mais fácil de tomar alguma atitude. A revolução, a mudança, precisa ocorrer primeiramente dentro de nós, homens.
Tive uma criação onde fui ensinado a respeitar as demais pessoas. Respeitar os idosos, pessoas mais velhas e principalmente o respeitar as mulheres. Desde cedo aprendi que o homem deve ser um cavalheiro. Hoje isso se perdeu um pouco, muita gente confunde cavalheirismo com machismo. Eu particularmente entendo como coisas diferentes. Para mim é simples, se qualquer atitude do homem para com uma mulher ocorrer por simpatia e cortesia, é cavalheirismo. Se ocorrer como uma forma de ganhar algo em troca ou por achar que a mulher não seria capaz de realizar, é machismo. Esse tema é polêmico e não é o foco deste post. Hoje eu quero falar da minha experiência, da minha história com a Marina.
Quando conheci a Marina ficava inconformado com a forma que ela era tratada em algumas situações dentro da família dela. Mas claro, sou um cara inteligente e aprendi com meu pai o respeito, portanto, mesmo vendo tudo aquilo sabia que não devia me intrometer, afinal, era apenas um namorado. Sofria calado ao vê-la tendo que trocar de roupa simplesmente por ter escolhido uma saia que estava 2 centímetros mais curta do que o limite aceitável para uma “mulher de respeito”. Via no rosto dela a tristeza e as vezes o seu choro. Como estava dentro da casa do meu sogro, fingia que nada estava acontecendo, mas ao sairmos, abraçava a Marina com força e muitas vezes ela desabava a chorar.
Nunca fiz algum tipo de promessa para ela de como eu seria ou de como seria a vida dela após casarmos. Mas eu sabia que seria diferente. Eu sabia que quando fôssemos apenas nós dois ela poderia ser ela mesma. E foi isso que ocorreu, após o nosso casamento, fiz questão que ela se sentisse mais livre. Ela podia comprar a roupa que quisesse, mesmo que fosse curta, com decote, justa. Qual o problema? Sinceramente não ligava e pra falar a verdade ficava feliz em vê-la assim, linda, desejada. Um dia alguém veio me questionar sobre as roupas dela, e eu, com toda a educação que meu pai me deu, simplesmente olhei nos olhos da pessoa e falei: “da minha esposa cuido eu”. Viu que gentleman kkkkkkk
Claro a mudança que ela sentiu não foi apenas na questão do vestuário, mas em outras também. Eu fazia questão de ouvir a opinião dela em todos os assuntos, mostrar que o que ela pensava era importante pra mim, respeitar as opiniões diferentes e as vezes até discutir sobre elas. Afinal, respeito também é conversar sobre os pensamentos diferentes e chegar a um entendimento.
Quando conhecemos o mundo liberal, eu vi que ali as mulheres tinham o poder. Muitos homens travam nessa hora e querem desistir, cair fora desse mundo, simplesmente pelo medo do desconhecido – um mundo onde o homem não é o protagonista, o “dominador”. No mundo liberal, mulheres são empoderadas, livres, respeitadas, as estrelas da festa! Poxa, o mundo PB seria melhor se as mulheres pudessem ser assim também. Infelizmente não são.
São “aprisionadas” dentro de padrões, culturas e costumes. E qual o motivo? Porquê muitos homens fazem questão de ter as mulheres sob controle? Para mim só tem um motivo: MEDO! Homens que pensam assim têm medo porque sabem que as mulheres são poderosas, mais evoluídas. Sabem que as mulheres são capazes de gerar vida, são capazes de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, são criativas, possuem um sexto sentido que os homens não possuem, conseguem entender o que queremos mesmo sem falarmos nada e no campo sexual então, elas estão anos-luz à nossa frente. Quanto mais cedo aceitarmos isso, mais felizes seremos!
Por isso gostamos tanto do símbolo do blog. Ele mostra o casal envolto à duas asas, idênticas, representando liberdade e que, quando batem juntas, levam o casal onde querem.
E que delícia fazer parte dessa mudança da Marina. Como é bom estar ao lado de uma mulher empoderada, que expressa suas vontades sem medo, que pode se vestir livremente e que sabe que é respeitada pelo homem que ela escolheu para estar ao seu lado!
O dia das mulheres está chegando e eu quero fazer um pedido especial para todos os homens que leem nosso blog. Por favor, empoderem suas esposas, namoradas, noivas, amigas! O mundo precisa demais de mulheres assim. Homens, façam a diferença para as mulheres que estão à sua volta e sintam como elas serão diferentes com vocês!
Marina, sobre você posso falar muitas coisas, mas hoje eu só quero agradecer. Obrigado por me escolher para estar do seu lado! Obrigado por compartilhar a sua vida comigo! Obrigado por ser essa mulher poderosa, linda e desejada que você é! Obrigado por não ter medo de me contar suas vontades e sonhos – por mais louco que eu acho que alguns sejam kkkkk. Obrigado por ser uma mulher linda por dentro e por fora. Obrigado por ser mulher!
Te amo!