A Inner Club tem diversas brincadeiras dentro do reservado, uma das mais famosas, é o Casal Misterioso. Não é toda vez que ele aparece, geralmente é parte de algum tema da noite, como no último fim de semana.
Eu particularmente não vejo muita graça em ter alguém contratado para estimular meu lado sexual, mas o Casal Misterioso é um jogo tão interessante que todos os swingers e liberais deveriam experimentá-lo pelo menos uma vez. E eu vou explicar porque é tão importante:
A Brincadeira
Um casal todo coberto em túnicas pretas, desfila pela casa atiçando a curiosidade dos clientes. Não dá pra ver nada: rosto, cabelo, roupa, curvas… nada. Tudo o que se sabe é que são duas pessoas. Depois disso, eles entram em um canto do reservado e os clientes fazem fila para interagirem com eles; mas tem uma condição: os olhos do cliente são vendados.
Nem mesmo quando a interação termina o cliente sabe quem é o casal misterioso, todo o conhecimento vem do que ele sentiu enquanto estava interagindo com o casal.
Nossa Experiência
Claro que nós já experimentamos o casal misterioso! Mas não rolou nada além de provocações dos sentidos, por exemplo: uma mordida num morango, um cheiro no cangote, uma massagem nos ombros… em nenhum momento nossa região íntima foi tocada sem permissão.
E enquanto estava de olhos vendados, sentindo todos aqueles estímulos, a gente comprovou que o tesão não vem do que vemos: está no que imaginamos. Estudiosos dizem que o cérebro é o principal órgão sexual do ser humano, e a brincadeira do casal misterioso nos mostra isso com perfeição!
Foram uns 5 minutos de interação com o casal, mas saímos de lá excitados e com o pensamento renovado.
Imaginação é Tudo
Algumas pessoas mandaram mensagem pra gente perguntando se nós éramos o casal misterioso Mas isso é irrelevante pra quem estava interagindo com o casal e imaginando quem estava ali com eles, não é mesmo?
Poderia ser Marina e Marcio, Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima, Brad e Angelina. O resultado é o mesmo, independente de quem você decide, na sua imaginação, quem é que está ali com você. Outra prova de que o visual nem sempre é o mais importante: quantos casais monogâmicos transam pra cumprir tabela e cada um usa a imaginação do jeito que bem entende…?
Aprisionados pelo visual
É nessa hora que a gente percebe o quanto somos condicionados a desejar apenas aquilo que nos é agradável aos olhos. E, principalmente dentro do swing, eu vejo quantas oportunidades de prazer real são desperdiçadas porque a própria pessoa impõe um padrão a si mesmo – na maioria das vezes, inalcançável até para ela mesma!
Interessante é que, na maioria das vezes, a pessoa coloca um target completamente fora da realidade dela, tipo, um Shrek que só quer ficar com Barbies. Pior: esnoba e maltrata Fionas por aí… Uma verdadeira prisão visual, que limita a tão sonhada liberdade sexual que procuramos.
Responsável pelo próprio prazer
O casal misterioso nos deixa uma lição valiosa: nosso prazer é uma responsabilidade nossa. A gente não goza porque a outra pessoa é gostosa, que faz tulipa roxa ou que sabe como pegar num pau. A gente goza porque se sente bem com o que estamos fazendo!
E não me entenda mal, é importante que cada um seja o melhor que puder ser (quer ser a mais gostosa, o melhor na tulipa roxa e a inesquecível do boquete? Seja!); mas é essencial que ninguém terceirize o próprio prazer. Em outra palavras, faça tudo isso porque você sente prazer.
Não dê ao outro, por mais lindo que ele seja, a obrigação de te fazer gozar. Você precisa saber do que gosta, o que te excita e usar isso a favor do seu prazer. O casal misterioso pode ser qualquer um: homem, mulher, dois homens, duas mulheres, trans, CD… É você quem decide se vai experimentar o prazer ou continuar na prisão visual.
Beijosssssssssssssss