Ando pensativa ultimamente. Também ando poética (acho que uma coisa acaba levando à outra… rsrsrs). Hoje amanheceu um dia chuvoso e meio friozinho em pleno fevereiro. Abri o blog para escrever algo para vocês, meus leitores, mas nenhum assunto me parecia ser o ‘certo’ para hoje, apenas o tema “tempo” me parecia interessante. E vasculhando os arquivos antigos do blog me deparei com um post de 2015, onde eu falava justamente sobre o tempo – é um sinal, vou escrever.
Ontem postei uma foto em um site de swing com as palavras de Mark Twain: “Não há tempo. Tão curta é a vida para discussões banais, desculpas, amarguras, tirar satisfações. Só há tempo para amar e mesmo para isso, é só um instante.”
Penso que existem tantas formas de amor (pai, mãe, marido, amigos, etc) que me dá um certo desespero toda vez que leio esse texto, afinal, se só existe um instante para amar e dividirmos esse instante entre todos que amamos, não há outra conclusão a chegar a não ser “não há tempo”.
Gosto da maneira como Lya Luft escreve, e há um tempo atrás li seu livro O Tempo é um Rio que Corre. Olho pela janela, vejo o dia que começa e logo penso: o que fazer com tempo de hoje? Como aproveitar as horas livres que estão por vir?
“Porque tudo se vai e se transforma, eventualmente nos damos conta da importância máxima das coisas mínimas”(Lya Luft). Um sorriso, um abraço, um hambúrguer, um picolé… um filme, uma música, uma foto, uma lembrança… uma noite, um amigo, uma conversa, uma transa… e por aí vamos seguindo, fazemos planos pelo caminho mas nem sempre temos coragem de executar todos eles. Porque não?
Sabem porque eu insisto na ideia de partir para a ação? Porque eu já fiquei na imaginação (por muito tempo) e garanto: não fiz swing. Posso até ter gozado imaginando as maiores surubas do mundo, mas hoje eu sei que foi um gozinho bem mixuruquinha, comparado ao orgasmo que senti quando transei nas maiores surubas do mundo. Uma punheta nunca será a mesma coisa de uma trepada (#fato).
Vivi um ano de perdas em 2017 e quando sinto os amores sendo tirados de mim a única coisa que penso é “não há tempo“. Será que eu amei o suficiente, vivi o suficiente, fiz o suficiente? Engraçado como essas questões me perturbam e ao mesmo tempo me motivam a amar mais, viver mais, dar o máximo que eu posso nas coisas que faço…
O tempo é um rio que corre, de verdade. Corre e passa, e vai embora; e nós ficamos. Ficamos inertes, mudos e quietos frente ao tempo que passou e não volta mais, remoendo em pensamento: eu devia ter ido, devia ter feito, devia… devia… “não há tempo“.
O tempo acaba para todos: pobres, ricos, arrogantes, humildes… o tempo acaba. Para uns acaba mais cedo, para outros mais tarde, mas todos chegarão naquele ponto em que vão olhar para trás e lembrar da vida que passou. Espero poder dizer “eu fui, eu fiz, eu vivi“. E você, o que vai dizer?
Beijosssssssss