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Mas eu me mordo de ciúme

Olá amigos, tudo bom?

Aqui é o Marcio e faz muito tempo que não escrevo, mas neste final de semana tivemos o nosso primeiro curso para casais e um dos participantes fez um comentário que me vez pensar. “Marcio, você precisa escrever mais. É muito importante termos a visão masculina dos assuntos abordados no site”. Poxa, não é que é verdade isso que ele falou? Gosto muito dos posts da Marina e acho que o universo feminino acaba se identificando muito com o que ela escreve e a forma que ela escreve, mas e a visão masculina? É, realmente tenho que escrever mais, ele tem toda razão.

Pensei em retomar os meus posts falando sobre o ciúme. Mas espera aí Marcio, você não tem ciúme, né? Não é possível! Tenho sim, confesso que melhorei muito (mas muito mesmo) em relação ao ciúme, mas ainda tenho um pouquinho em determinadas situações. O ciúme é uma coisa louca, não dá para controlar e muito menos entender. Você sente e pronto!

Quando começamos a conhecer um pouco mais deste mundo do swing, pensava comigo que seria impossível um dia chegarmos ao ponto de fazermos troca. Era muito gostoso todo o clima, as brincadeiras, as trocas de carícias com outro casal, mas só! Não me passava pela cabeça ver a minha mulher transando com outro homem.

A Marina neste sentido sempre foi mais avançada, mais desencanada, não sentia ciúme e não ligaria de me ver transando com outra mulher. Mas mesmo ela sendo assim, ela não ligou em segurar a onda, controlar as suas vontades e seus desejos para não passar algum limite que eu não suportaria.

Sinceramente, essa época era muito louca para mim. O medo da minha possível reação acabava sendo maior do que a vontade que tinha e o tesão que sentia em imaginarmos fazendo uma troca. Encontrávamos um casal bonito, começávamos a interação, os beijos, as trocas de carícias, mas quando a coisa esquentava muito, mostrando que o próximo passo seria a penetração, eu parava. Pegava a Marina e fazíamos nós mesmos. Eu via nos olhos dela a frustração, percebia a vontade que ela tinha em ter continuado, mas fazer o que né? Eu não estava pronto.

O tempo foi passando e eu fui trabalhando essas questões na minha cabeça, comecei a imaginar em nossas transas a gente numa festinha de swing e ela com outro e eu com outra. Acho que com esse exercício acabei trabalhando esse lado do ciúme e depois de um tempo comecei a me sentir melhor com a situação, até que tudo acabou acontecendo normalmente.

Fizemos a nossa primeira troca sem crises, sem ciúme, curtindo cada momento e o melhor, curtindo muito um ao outro depois.

O ciúme realmente é uma coisa louca, difícil de entender, mas o exercício de transformá-lo em tesão acabou me ajudando muito. Depois das nossas primeiras trocas, lembrava do que tinha acontecido e pegava a Marina de jeito. “Vem cá safada, estava dando para outro né? Você vai ver agora, vou te comer gostoso!”.

É estranho isso, nunca parei para pensar e refletir no que realmente me ajudou no ciúme, qual foi a receita para fazer meu ciúme quase doentio se tornar em algo leve, controlável, algo que não atrapalha o relacionamento e nem bloqueia a liberdade do parceiro. Só sei que o que deu certo pra mim foi isso, a paciência da Marina, a simulação das situações possíveis em minha mente, pensar no tesão ao invés do ciúme e ir testando os meus limites aos poucos.

Estão vendo, até no ciúme o swing acabou me ajudando, e pensando um pouco mais sobre isso, cheguei a conclusão que se em um relacionamento conseguimos lidar sem problemas com o sexo com outras pessoas, as demais coisas que poderiam causar desentendimento entre o casal ficam muito mais fáceis de se resolverem.

Abração pros caras, beijo nas gatas.

 

 

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