Essa expressão entrega a idade (né?) mas pra quem não sabe, ‘virado no Jiraiya’ significa P da vida, com a macaca, puto, estressado, etc, etc, etc. E vocês sabem que sou uma pessoa de boa, que procura sempre festa, alegria e paz; mas como qualquer outro ser humano, tenho meu lado incorreto também. E vez ou outra ele dá as caras… (rsrsrs).
Caso 1
Esse fim de semana resolvemos transar na Hot para ter mais liberdade na hora do sexo, sabe? Gemer alto, falar umas putarias, dar uns tapas… coisas que não dá pra fazer em casa. Encontramos uma salinha vazia e entramos só os dois; a salinha tinha um glory hole bem no meio da porta e algumas pessoas que passavam no reservado enfiavam a mão ou o pau, oferecendo para brincar conosco. Não era o que a gente queria, então, não dávamos bola e continuávamos nossa transa.
Até que passou um casal que não se contentou em oferecer companhia, colocando a mão no glory hole, mas já saiu pegando em mim, apertando minha bunda e querendo enfiar o dedo no meu cuzinho. Véio… pensa num ogro – e eu nem conseguia ver a cara dele direito! Sabe aquela pessoa que não tem o mínimo de cuidado? Era uma brutalidade que me incomodou, então em peguei na mão dele e tirei do meu corpo, um sinal claro de que a gente não queria interação.
Não satisfeito, começou a falar alto:
— Deixa a gente entrar! Deixa a gente entrar!
Aí eu respondi, curta e grossa:
— Não.
Ainda assim, parece que o ogro não entendeu que a gente não queria interagir e, enfiou o dedo no meu cuzinho com força. Sabe quando você não está esperando um anal ou quando o cara erra o buraco? Pois é. Daí, gente, virei o Jiraiya! Parei a transa com o Marcio e fui encara o FDP, que ainda por cima, ficou travando a porta da salinha pra gente não sair! Segurava a porta e dizia:
— Calma, calma…
Quando conseguimos abrir a porta o segurança já tinha chegado e foi levando o ogro pra fora do reservado. Problema resolvido, adrenalina a mil, acabou o clima da transa. Saco.
Caso 2
Outro dia estava de boa no lounge, parada com um copo de água na mão, quando passou uma mulher e achou que tinha o direito de apertar meus mamilos porque eu usava uma roupa transparente. “Nossa.. pra quê tudo isso?” Ela falou em tom de deboche, como se eu fosse um objeto disponível para uso, e não uma pessoa. O pior é que eu nem tive tempo de reagir e acabei levando essa fulaninha engasgada na garganta.
Caso 3
Em outro dia eu subi pra dançar no balcão e assim que fiquei em pé uma menina puxou o laço do meu vestido, na clara intenção de tirar a minha roupa. Ela disse “que linda você!”, eu sorri de volta simpaticamente e amarrei de novo o vestido. Não passou um minuto e a mesma menina veio querer olhar minha bucetinha por baixo do vestido; eu, de novo, sorri (dessa vez menos simpática) e fui dançar do outro lado do balcão.
Um minuto depois lá vem a menina de novo querendo de todo jeito levantar meu vestido, com toda a força. Eu tirei a mão dela, de novo, e quando me virei para sair de perto, ela puxou – DE NOVO! – o laço do vestido. Aí eu não aguentei! Parei de dançar, me abaixei na frente dela e falei:
— Viu, deixa eu te explicar uma coisa: não é porque estou dançando aqui em cima que você pode sair pegando em mim, nem tirando minha roupa.
— Ah, mas eu quero! — ela retrucou.
— Mas EU não quero! – falei olhando tão séria pra ela que deu pra ver o quanto ela ficou sem graça.
Mulheres Escrotas
Olha, não é de hoje que dizemos o quanto essa falta de respeito ao corpo alheio nos incomoda. Entendemos que no swing existem várias tribos, inclusive a da galera que acredita que isso é que é swing de verdade – sair pegando nos outros de qualquer jeito, só porque é isso o que a pessoa quer. Não é a nossa tribo. Não curtimos. Eu, particularmente, me sinto usada! E por mulheres!! Claro que é bom que tenham mais mulheres tomando a iniciativa no swing, mas sem escrotice, né gente? Se homem não pode sair importunando a mulherada por aí, mulher também não pode, é crime¹ do mesmo jeito!
A nossa tribo no swing é a do respeito. Às vezes até acho que a gente respeita demais e acaba perdendo transa, mas preferimos mil vezes que seja assim do que forçar alguém a fazer aquilo que a gente quer, e não o que a pessoa quer. Por enquanto eu sigo tentando curtir o swing em paz, mas como infelizmente tem gente que só entende a língua da grosseria, se precisar defender meu corpo eu viro Jiraiya!
Beijosssssssssss
1 – Crime de importunação sexual, Lei n. 13.718/18