Ícone do site Blog Marina e Marcio I Casal Liberal

Marina e Marcio em Tambaba

Escolhemos a Paraíba para passar nosso 22º aniversário de casamento. É gente… é tempo pra caramba! E sempre fizemos questão de passar datas “de casais” só entre nós, longe do swing, como uma espécie de fortalecimento da relação para podermos colocar outras pessoas sem nos abalar. É assim no dia dos namorados, aniversário de casamento e de namoro. Mas pela primeira vez em tantos anos, decidimos conhecer Tambaba e a pousada liberal Villamor.

Desde que entramos no meio ouvimos falar que Tambaba é a melhor praia naturista do Brasil, que é linda, que isso e aquilo… mas nunca tivemos a oportunidade de ir até lá para comprovar. E como vocês sabem, nós sempre recomendamos que nossos leitores visitem os lugares pra saber se combinam com o estilo deles antes de baterem o martelo e dizer “é bom ou é ruim” pra eles.

A oportunidade surgiu agora em 2021 e resolvemos fazer diferente: abrimos mão da data só nossa e nos hospedamos na Villamor, que além de ser uma pousada próxima de Tambaba já passou da hora de vermos com nossos próprios olhos se combina com o nosso estilo.

Villamor

A primeira impressão que eu tive ao entrar na pousada foi de ter voltado uns 20 anos no tempo. Não sei dizer exatamente o motivo, mas comentei essa sensação com o Marcio e ele também sentiu a mesma coisa. Talvez pelas cortinas beges do quarto que é grande e espaçoso, talvez pela aglomeração de mesas e cadeiras na piscina. Talvez até pela decoração do restaurante – que me lembrou as florzinhas da escolinha sabatina da igreja que eu frequentava.

Sem dúvida, o melhor espaço da Villamor é o jardim do éden – um grande cubo fechado e coberto com piscina e hidromassagens aquecidas lá dentro. É o melhor espaço porque todo mundo procura um lugar quente pra ficar sem roupa, principalmente depois das 17h quando bate um ventinho e dá um friozinho em quem se molha. Todos os hóspedes vão pra lá!

Na praia naturista de Tambaba

O quarto que ficamos estava empestiado de pernilongos, mesmo passando repelente, foi bem difícil dormir nas últimas noites. Até pra transar estava difícil, várias vezes eu quase engoli um mosquito numa puxada de ar mais ofegante (kkkkk). Uma pena só descobrirmos no checkout que haviam vários aparelhos de tomada antipernilongo SBP na recepção – no armário, enfileirados, sem uso – à espera do hóspede solicitar um para o quarto dele.

Por outro lado, conhecemos uma turma de casais super divertida, gente boa, que nos deram o privilégio de abrir o grupo deles para nós, dois paulistas perdidos na Paraíba. Muito obrigado pelas festas, pelo sexo e pelo carinho que nos deram, vocês são demais!

Tambaba

Já Tambaba foi uma boa surpresa no geral. Apesar de não curtir muito a entrada para o lado naturista – sério, gente, me sentia uma atração de circo ao subir as escadas – ele tem aquela paz que o meio swinger nos traz. Lá nos sentíamos livres, verdadeiros, nós mesmos, na nossa tribo, longe dos bisbilhoteiros preto e branco. Não entendeu nada? Explico:

Tambaba é uma praia dividida em duas partes – uma com roupa, outra sem roupa. Só tem um caminho pra chegar na parte sem roupa: é passando pela praia com roupa. Entre uma parte e outra, um caminho de madeira com os avisos necessários, os regulamentos e uma placa gigante na entrada.

Nessa placa gigante da entrada, que ainda fica em território com roupa, a alegria do pessoal é se fotografar embaixo da placa, simulando que estão sem roupa ou que estão andando para a área naturista. Em outras palavras, fingimento puro. Ainda são poucos os que vão para a melhor parte da praia, aquele contato com a natureza como viemos ao mundo. (Amém!)

Lado B

Aproveitamos os dias que estivemos lá para conhecer tudo o que podíamos. Tudo mesmo! No primeiro dia (sexta-feira) paramos na única barraca de praia que funciona do lado naturista e gostamos do atendimento, da comida e da bebida. Depois andamos até umas pedras que é o lugar onde muita gente faz foto aproveitando a paisagem diferente do local. Passamos pelas pedras e chegamos numa outra praia, bem extensa, ainda naturista e bem vazia.

No outro dia que fomos, (domingo), ficamos na barraca até fechar e antes de ir embora nós resolvemos ir até o outro lado das pedras pra ver o que rolava, porque vimos muitos caras passando pra lá, com coolers, caixas de som e um monte de coisas. Já nas pedras demos de cara com vários casais transando na areia e uns singles observando. Do outro lado, muita gente – muita gente meeeeesmooooo! – parecia esperar o começo de uma grande festa.

Foi quando soubemos que aquela praia tinha suas divisões bem definidas – pra quem conhece, né? A primeira parte é naturista, as pedras são “do swing” e após as pedras é homossexual. Na saída encontramos um antigo frequentador que comentou conosco que Tambaba não era mais a mesma. Que rola problemas de todos os tipos, desde políticos até picuinhas entre frequentadores.

No terceiro dia (segunda-feira) Tambaba estava mais calma. Mesmo assim fomos guiados por um single pelas trilhas no meio da mata, bem longe da areia, passando por túneis de plantas até uma espécie de “matadouro”, onde, teoricamente, seria mais seguro transar do que na praia. A história completa vocês vão ler em um dos próximos contos eróticos (hehehehe).

Opinião

Bom… não viajamos até lá pra fazer matéria muito menos pra avaliar qualquer coisa que seja. Como disse no começo do post, estávamos em “lua de mel” (kkkkkk). Mas também nunca deixaríamos nossos leitores sem a opinião de Marina e Marcio sobre lugares importantes para o meio swinger. Por isso resolvemos escrever esse post.

Sobre a Villamor, achamos bem meia boca. Não é o pior lugar que já fomos, também não é o melhor. Da próxima vez que tivermos grana pra investir em viagem liberal, Villamor não está (mais) na nossa lista.

Sobre Tambaba, esperávamos mais. É aquela coisa de criar muita expectativa, sabe? Todo mundo falava tanto, tanto mas tanto, que na nossa cabeça criamos algo espetacular, difícil de ser real. Isso não quer dizer que é ruim, pelo contrário, é uma delícia, bem estruturada e sim, bonita. Impossível sair de lá sem algumas das melhores fotos que já fizemos.

Por fim, ainda recomendamos que você, caro leitor, veja por si mesmo. O que a gente escreve é opinião nossa, baseado nas nossas experiências e gostos pessoais. Pode ser que você tenha uma opinião bem diferente da nossa – e a agenda lotada da Villamor é uma prova de que tem muita gente nessa pegada.

E essa é a beleza do mundo liberal, não é mesmo? Que chato se todos fôssemos iguais… rsrsrs

Beijosssssssssssssss

 

Sair da versão mobile