O meio liberal é constituído de uma variedade de práticas sexuais além do swing como o menage a trois e o vouyerismo. Mas de todas elas, sem sombra de dúvidas, a mais requisitada é o bi feminino. (curioso… o mais rejeitado é o bi masculino… sociedade machista?) Nos últimos anos é quase uma obrigação que a mulher seja bissexual, nem que seja por curiosidade ou para satisfazer a fantasia do marido. O fato é que dificilmente se encontram casais estritamente héteros que conseguem manter esse posicionamento.
Quando entramos no meio eu tinha certeza absoluta de que era hétero. Acontece que entrou uma morena na minha vida, daquelas que param o trânsito, e foi aí que eu comecei a questionar minha sexualidade. Passei a sonhar com a morena, imaginar nós duas juntas e pela primeira vez fiquei com uma vontade louca de chupar uma mulher. Opa lelê!! Eu sou hétero mesmo??
Passei a adotar a ideia de que era bi curiosa. E o que seria isso? Na prática quer dizer que você não rejeita uma mulher mas também parte pra ação. Passado mais um tempinho troquei minha sexualidade para bi passiva, que quer dizer que aceito o carinho de uma mulher mas não retribuo. Todos esses nomes na verdade querem dizer uma coisa: eu ainda não aceito que gosto de mulher. Até o dia em que parei pra pensar e finalmente me aceitei como bissexual. Percebi que quando tenho tesão em uma mulher eu quero ficar com ela, e é isso que me faz bissexual, não querer ficar com toda e qualquer mulher. Mesmo porque não é com todo e qualquer homem que eu tenho vontade de ficar, porque seria diferente com as mulheres?
Resolvida essa questão a vida liberal ficou bem mais tranquila. Eu passei a me aceitar com meus desejos – mesmo os que achava impossíveis de acontecer. No fim das contas tudo faz parte do mundo fantasioso da imaginação humana. A vantagem é que no meio liberal você não precisa ficar só na imaginação!
Beijosssssss