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Estou de Volta!

Antes de mais nada, quero agradecer todo o carinho que vocês mostraram, enviando emails e mensagens de apoio. Sem vocês, leitores, nós não somos nada. E realmente me ajudaram! Poder desabafar aquilo que fica entalado há um tempão já me fez sentir melhor, mas confesso que ler tantas mensagens de carinho é que me deu vontade de continuar escrevendo. Obrigada! No fim das contas a gente organizou o aniversário de uma amiga no sábado (a minha ruiva preferida, lembram dela?) e foi tudo de bom! Teve bolo, presentinho, uma galera linda e animada e o resultado disso tudo foi voltar pra casa às 6 da manhã!! Pela primeira vez a gente saiu da balada e já estava dia (que sensação estranha…). Isso me fez pensar que tem tanta coisa que a gente ainda não experimentou e que a vida é tão curta pra gente ficar miguelando tantas outras…

Olhando pra galera do swing atual, tenho a sensação de ter começado tarde demais, sabe? Tenho um amigo que entrou no meio depois dos 50 anos e essa era uma das lamentações dele, ter começado tarde demais. Eu comecei antes dos 30 e a galera agora começa antes dos 20. É por isso que muita gente acredita que daqui alguns anos todo mundo vai ser liberal. Mas quando a gente olha direitinho pro meio a gente percebe algumas “falhas” do tipo: nem todo mundo no meio faz sexo com outras pessoas, nem todo mundo quer troca de casal, nem todo mundo é casal. E aí a gente começa a se perguntar se o meio liberal é liberal mesmo, sabe? E se nem mesmo dentro do meio liberal a gente se sente “livre” como é que o mundo vai ser liberal daqui a alguns anos? É por isso que outro tanto de gente acredita que o mundo nunca será liberal, não importa quantos anos passem.

Eu sinceramente não sei o que pensar sobre isso, já mudei de opinião várias vezes. Uma hora eu acho que o mundo pode vir a ser liberal, outra hora acho que nuca será! Isso acontece por causa das experiências que vivemos, tem horas que dá pra acreditar no ser humano – que ele vai evoluir, que ele pode ser melhor do que é agora e que as coisas vão melhorar. Mas tem horas que eu sinto vergonha de dizer que sou da mesma espécie de alguém preconceituoso, de alguém que rouba e mata por nada, ou de alguém que trai a confiança dos próprios amigos. Esses dias mesmo ouvi uma mulher jovem (uns 22 anos) dizer que jamais transaria com um cara de 40. Ainda fazendo carinha de nojenta! Ainda bem que alguém a lembrou que ela tinha acabado de dar pra um cara de 50 anos, com aparência de 30. Ah, as pessoas…! Esquecem que a única alternativa para não envelhecer, é a morte…

Só espero que daqui a alguns anos a gente não precise ficar se protegendo por causa de nossas escolhas, sejam elas quais forem. Sei que muita gente sofre porque não pode dizer que é de tal religião abertamente, correndo risco de morte. Sei que muita gente sofre sem poder dizer que é homossexual pras pessoas que mais ama. Sei até de gente que sofre pra dizer que colocou o nome na lista de um promoter na balada porque os outros promoters (que a pessoa também conhece) ficam intimidando essa pessoa, seja por mensagem, seja porque fica fiscalizando a entrada da balada. Isso é uma indireta sim e espero que a carapuça sirva! Humpf! Às vezes a pessoa nem sabe que está causando, não faz por mal, se ninguém der um toque ela continua achando que está fazendo o seu melhor, quando na verdade, não é. O primeiro passo da mudança é o reconhecimento de que tem alguma coisa errada, é por isso que eu tirei a semana de folga, refletindo no que eu estava deixando de fazer e no que estava deixando de lado. Falar o que penso é o que trouxe o blog até aqui, é o que faz meus leitores confiarem no que eu digo, é o que faz os organizadores das boas festas se esforçarem pra que a chata aqui não fale mal da festa deles – tinha esquecido disso e ainda bem que alguém me lembrou. A partir de hoje, caros leitores, I´m back!!

Beijosssssss

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