Um relato real de um casal real, assim como vocês, contando como entramos no meio liberal.
Antes de começar, precisamos de um pouco de contexto e de história pessoal. Eu, Fred, e a Jane*, estamos juntos desde os 19 anos de idade (estamos escrevendo esta história com 44). Em 2008 fomos na Erotika Fair, uma feira erótica, onde ganhamos um VIP para uma casa de swing, e lá nos aventuramos a ir.
Na primeira vez, estávamos com uma mistura de medo, preconceitos e vergonha. Conhecemos a casa, curtimos a balada, entramos no labirinto e transamos em uma cabine fechada com treliça, mas não interagimos com outras pessoas neste momento.
Ano seguinte, fomos de novo na feira erótica, ganhamos outro VIP para a casa de swing e lá estávamos novamente. Mas desta vez foi péssimo. Estava rolando alguma festa com pessoas que provavelmente não eram do meio – muito afoitos, “emocionados”, invasivos e desrespeitosos. Depois desta experiência não tivemos mais vontade de voltar.
Em 2010 fomos na ultima edição da feira, que já estava bem diferente. Aqui já ficamos mais soltos, mas não o suficiente para querer ir novamente na casa de swing. O tempo passou, não ficamos sabendo de mais nenhuma feira e deixamos morrer o assunto.
Seguindo Perfis do Meio
Até que em 2020, comecei a seguir alguns perfis no Instagram ligados ao meio liberal. Encontrei diversos perfis de casais, baladas, festas… e o da Marina e Marcio, que era muito interessante e que trazia informações importantes sobre o meio.
Neste momento eu estava seguindo sem intenções, mas de vez em quando lia, ouvia e assistia alguma coisa e mostrava para a Jane, que também gostava do conteúdo. Aos poucos nossa curiosidade sobre o meio reacendeu! Até que um dia…
Vejo um post da Marina e do Marcio onde eles comentam de como era difícil fazer parcerias comerciais por preconceito de serem do meio liberal. Mostrei o post pra minha esposa, mostrei o perfil e lancei a idéia:
– Vamos propor uma parceria: eles passam um final de semana no nosso espaço e se gostarem de lá, fazem alguns posts recomendando. Ela concordou.
Entrando em Contato
Em fevereiro de 2024 criei coragem e mandei a mensagem, mas sem esperança NENHUMA de ter uma resposta. Pensava comigo “imagina, eles nem vão perder tempo lendo minha mensagem…” MAS EU ESTAVA ERRADO. Leram, responderam e TOPARAM! PQP, e agora o que eu faço? (kkkkkk)
Chegou o final de semana. Recebi a Marina e o Marcio no espaço, apresentei tudo pra eles e pedi licença:
— Preciso dar uma saída, mas já volto pra conversar direito com vocês.
Quando voltei, a Marina e o Marcio já estavam na piscina, junto com outro casal que passaria o fim de semana lá com eles. Fui chegando perto e percebi que a Marina estava de topless… cheguei mais perto e percebi que na verdade, ela estava sem nada, assim como o Marcio. E agora, como vou reagir? Finjo que não percebi? Olho disfarçadamente? Elogio?
Pensei comigo, novamente “bom, vou ver como eles agem e vou na onda”.
Eles agiram naturalmente… Fiquei maravilhado, afinal, também não gosto de usar roupas! Conversamos um pouco (nós cinco) e no bate-papo, ao perceber que eu estava à vontade e que eu e a Jane. tínhamos interesse no meio, eles fizeram um convite:
— Traz sua esposa, vem comer um churrasco com a gente! — na hora pensei (puta que pariu…!kkkk) mas respondi calmamente:
— Tá bom… Vou conversar com ela… Curtam o final de semana, e se ela topar, nós viremos no domingo.
Chegando em casa, já fui logo contando para a esposa:
— Jane, eles nos chamaram para ir lá comer um churrasco… E agora, o que a gente faz?
Ela ficou mais branca do que já é! Depois de conversar um pouco, falar da minha primeira impressão sobre os casais liberais, juntamos nossa coragem com uma dose de vontade e fomos para o churrasco no domingo. Levamos um vinho para dar uma relaxada e diminuir um pouco a tensão.
Estou Livre!
Era hora do almoço, churrasco e piscina rolando, todo mundo super comportado. Mas eu já estava relaxado, e queria ficar pelado! Acontece que só eu aparentemente, queria ficar pelado, todo mundo estava comportadinho. “Poxa, agora que eu ia realizar o sonho de ficar pelado na piscina, tá todo mundo comportado…” Fiquei comportado também.
Até que, no meio da conversa, ouvi alguém dizendo que “tudo é permitido, nada é obrigatório”. Aproveitei a deixa e mandei logo na sequência:
— Posso ficar pelado? (nessa hora eu estava dentro da piscina sozinho)
E todo mundo respondeu:
— Podeeeeeeeeee!
Arranquei a sunga e fiquei lá, de boa, me sentindo LIVRE. Neste dia eu fui fisgado pelo meio. Eu não sabia, mas não tinha mais volta. Eu estava com pessoas simpáticas, livres e alegres. ATÉ EU estava me sentindo simpático, livre e alegre (e não era só o vinho falando)!
Criando Conexões
Uma semana depois, participamos do primeiro Sarau Erótico da CasaZ. Foi uma delícia. Super bem organizado, divertidíssimo. Conhecemos diversos casais, que somos amigos até hoje. No final da noite, na hora de falar tchau, rolou um clima delicioso com a Sra Eros, que olhou pra Jane e perguntou se ela poderia rolar um beijo.
– Pode!
Demos então um beijo maravilhoso, libertador, mágico. Olhei pra Jane pra saber a reação dela, ela estava super de boa. Seguimos para casa, cheios de tesão… Pra quem não sabe, a CasaZ é um espaço onde o foco é integração, conhecimento e diversão, então nada de interações sexuais. Começamos então a frequentar a CasaZ, um dia uma a palestra, outro dia um cinema… Até que chegou a noite do Show da Lasgo.
Era uma parada PB, mas o SalaZ tinha um camarote lá, cheio de casais liberais. Boa parte da turma que estava nesses eventos anteriores estava lá, então já chegamos enturmados. Eu e a Jane ficamos juntos o tempo todo, até que a ela precisou ir ao toalete.
No meio do caminho, vejo que ela parou para conversar com um dos maridos da turma, que estava do outro lado da nossa “roda” naquele momento. Ambos olharam para mim e fizeram alguns sinais com as mãos. Mas eu, no escuro e com som alto, não entendi nada. Respondi com um “joinha” simpático.
Não tive tempo nem de baixar a mão, os dois já estavam se beijando! Aí eu entendi o que eles estavam querendo dizer. Minha alma saiu do corpo e voltou, direto pro meu pau, que até pulsava de tanto tesão. “Eita! O que está acontecendo comigo?”
Sentindo Tesão
Eles pararam de se beijar e a Jane. seguiu para o toalete. Quando voltou, ela perguntou:
– Tudo bem? Você ficou bravo?
Nem falei nada, só agarrei ela também e nos beijamos muito. Assim que paramos de nos beijar, ela falou que queria beijar outro marido do grupo, e eu respondi com um “claro! E lá foi ela. Falou com o marido, que olhou pra mim. Fiz meu “joinha” simpático de novo, mas desta vez bem ciente do que era. QUE TESÃO!!! E eu nem esperava pelo melhor, que ainda estava por vir…
Enquanto ela beijava o marido, vejo a Marina chegando perto da Jane, com um sorriso enorme, empolgada, sinalizando se podia beijá-la também! Aprovei mais uma vez com o “joinha” e esperei pra ver a cena acontecendo bem diante dos meus olhos!
MEU DEUS, a Jane está beijando a Marina! Era algo quase inacreditável, era maravilhoso, era a nossa verdadeira entrada para o mundo liberal. E nem tinha rolado sexo ainda! Agora, se vocês gostaram da nossa história, a gente volta pra contar nossa primeira interação sexual…
Casal ReF – SalaZ 4774
*Nomes fictícios a pedido do casal