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Casais Novinhos Se Separam Mais?

Nos últimos meses notamos uma grande quantidade de casais que decidiram se separar ou sair do swing. Apesar de todos estarmos sujeitos a algo do tipo, chamou minha atenção a idade dos casais: todos com menos de 30 anos. E como estamos no meio há um tempinho – e foi a primeira vez que vi tantas separações na sequência – comecei a pensar se haveria alguma conexão (ou seria desconexão? rsrsrs) entre a prática do swing por casais novinhos.

Lembrando dos que conheci de perto, todos os casais novinhos tinham uma coisa em comum: ou se separaram, ou saíram do swing; o que me leva a pensar que a combinação casamento + swing parece ser mais complicado de lidar para as gerações mais novas.

Não necessariamente novos em idade, mas novos em relacionamento também. Porque é legal, é moderno, é descolado; porque é normal, porque todo mundo transa a três (pelo menos!), porque o mundo mudou… enfim, os motivos são os mais variados para que um casal decida pela prática do swing assim que se conhecem. Porém, por mais que a vida colorida seja divertida, nem sempre ela será como o casal espera.

É aí que a gente entra na estrutura emocional, a base que todo indivíduo tem que desenvolver em si mesmo para ter condições de enfrentar as situações do cotidiano. Porque a vida é assim, gente, uma hora está bom e logo em seguida fica ruim, só pra ficar bom de novo… rsrsrsrs! Pessoas sem estrutura emocional não conseguem sustentar os altos e baixos da vida.

Uma pessoa com uma boa resistência mental é aquela que se mantém forte diante de uma situação complicada. É a pessoa capaz de manter o foco e a determinação apesar das dificuldades que venha a encontrar pelo caminho, afinal nem sempre nossas expectativas condizem com a realidade – quase nunca, se você parar para pensar.” megacurioso.com

Quem entra no swing muito cedo corre o risco de não manter a relação porque não teve tempo de construir uma boa base emocional; frente à primeira situação complicada, vai pedir pra sair: ou do play, ou do casamento.

Outra possibilidade é que casais muito novos não querem construir nenhuma base – nem no relacionamento, nem no swing, nem mesmo emocional. Eles vão vivendo conforme suas próprias vontades, então quando não existe mais desejo no parceiro ou nos outros, eles simplesmente se separam, ou do relacionamento ou do swing.

Assim, fácil, sem remorso, sem traumas, sem neuras… afinal, nunca houve comprometimento de espécie alguma, nem com as pessoas nem com o lifestyle. Não tem aquele clima triste e desesperado que tipicamente se vê em divórcios, é mais um consenso de que estarão melhores sozinhos do que um com o outro. E se der vontade de swingar de novo, eles voltam para o swing e vivem tudo de novo sem compromisso algum, nem com eles mesmos.

Resumindo, penso que existem três teorias, todas relacionadas com base emocional, para a separação de casais novinhos que fazem swing:

A chamada geração Z, que já nasceu em um mundo conectado, é cem por cento mais aberta em relação a sexualidade. Estão tão acostumados às mudanças rápidas e constantes, não diferem vida real da virtual, que não fazem ideia do que é base emocional. Aliás, sabem conceituar como ninguém o que é estrutura emocional, mas não fazem ideia de como é vivê-la. Até porque tudo está pronto para eles: consomem muito, absorvem pouco, sustentam zero.

“Não são definidos e não são definitivos. Um aspecto preocupante é se sustentarem. Porque se você só vai fazer o que gosta, a capacidade de aguentar pressão diminui, a capacidade de ser resiliente é quase inexistente, a capacidade de persistir é zero.” Dado Schneider.

E no swing, amores, persistir é imprescindível. A maioria do sexo não é como a gente imagina, acaba sendo muito mais como o “swing” na mansão Playboy: é o que tem pra hoje. (kkkkkk) Já que swing não é só sexo, o casal vai viver diversas situações que envolvem outras pessoas, outros sentimentos, outros relacionamentos. E como ele não tem base emocional, a relação do casal não se mantém.

Isso significa uma mudança no comportamento swinger para os próximos anos? Não sei, mas não duvido que daqui uns 5 ou 6 anos o swing não seja mais uma atividade predominantemente para casais. Não duvido que a individualidade ganhe espaço no cenário sexual do mundo, trazendo mais “pessoas” para o universo liberal do que “casais”. De qualquer forma, nós seguimos escrevendo aquilo que vivemos e experimentamos no swing, vendo no que vai dar, torcendo para ver mais junções do que separações.

Beijosssssssssssssssss

 

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