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Panelinhas Liberais

É óbvio que no swing também tem grupinhos – as famosas panelinhas – que não são nada além de um aglomerado de pessoas que tem mais afinidades entre si. E os casais que estão iniciando no meio, que vão pulando de grupinho em grupinho até encontrar o seu, acabam passando (sem querer) por “carne nova no pedaço”. Acontece que quando aparece um casal novato, ele acaba sendo disputado – mesmo que ninguém admita – pelos casais mais veteranos.

Falando assim parece um negócio terrível, né? Rótulos, panelas, disputas… Devo concordar que na vida PB isso é terrível, mas no swing nem vejo como algo tão ruim assim. Na verdade, se pensarmos bem, chega a ser necessário para o swing que isso aconteça (de uma forma saudável, respeitosa e sem brigas, claro).

Swing é a troca de parceiros mas a ideia por trás do swing vai muito além do ato sexual. Inclui a troca de intimidade, de confiança, de ideias, de pensamentos. Encontrar-se dentro do swing não é fácil de acontecer logo nas primeiras vezes; geralmente leva um tempo e o casal iniciante passeia por várias panelinhas antes de se encontrar. Começa se relacionando com um grupo, na maioria das vezes com aqueles que os levaram para o swing. Mas pode acontecer do santo de um não bater com o do iniciante e o clima ainda não é aquilo que ele quer. Passa para outra panelinha e começa tudo de novo.

Motivo para swingar

A esse ponto, se o iniciante já está fazendo troca, o swing ganha “motivo” de existir na vida do casal: experimentar outros casais, ficar com aquele “sonho de consumo”, realizar aquela fantasia que só o casal X sabe fazer. E assim o swing acontece, a roda gira, a fila anda.

Imaginem que pra quem já está no meio há um bom tempo algumas coisas acabam virando rotina, uma delas são os parceiros sexuais. Se imaginarmos casais que colocam muitas restrições para rolar uma troca, (por exemplo: só saem com casais realmente casados há mais de 15 anos), estes não tem tantas opções como aqueles que são menos restritos.

Além disso, a gente acaba encontrando os mesmos casais nas mesmas festas, nas mesmas baladas, nas mesmas praias, nas mesmas viagens… são sempre as mesmas pessoas! E por mais legais que sejam, swing tem a ver com quebrar a rotina, né? É aí que, de repente, aparece um casal diferente, nunca antes visto por ali, um casal novato. E que faz troca! Uhuuuuuu! É o mel que o apiário inteiro estava esperando!

Egos

Ainda podemos incrementar essa história com a questão psicológica do caso: os egos dos narcisistas versus a loucura dos dependentes mais a sedução dos histéricos. Vira uma guerra silenciosa, uma corrida desenfreada, tudo para conquistar o casal iniciante antes dos outros. Na prática isso é tudo o que o iniciante quer: ser bem tratado, ser disputado, ser seduzido. E se a disputa é feita dentro dos limites da educação, do respeito e da gentileza, é tudo o que o veterano precisa: sair da rotina do swing.

No fim das contas, meus amores, todos sentem prazer com isso. É o jogo do swing! Então, querido casal iniciante, tenha certeza que vocês são a carne nova do pedaço, mesmo que ninguém diga isso a vocês. Vocês são desejados e disputados, estão na crista da onda. Não deixem que as expressões ou os rótulos do swing (que são muitos) sejam mais fortes do que seus desejos. Sejam vocês mesmos, aproveitem o momento e principalmente: sejam felizes!

 

Beijossssssss

 

*Texto original postado em 22 de outubro de 2014

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