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Amor Liberal

Fiz uma pesquisa no google pra saber o que falavam por aí sobre amor liberal e descobri apenas dois artigos sobre o termo, os dois não viam com bons olhos. Enxergavam o amor liberal como uma forma fútil e leviana de se relacionar, obviamente, nenhum dos autores eram praticantes ou faziam qualquer menção de ter experimentado alguma prática liberal.

E mesmo que tivessem ido a uma casa de swing, feito uma troca de casais ou um menage, não seria suficiente para entender o que é essa forma liberal de se relacionar, porque há muito mais no swing do que sexo. Não é uma única experiência que te dará a compreensão necessária de uma prática complexa, cheia de sentimentos, emoções e crenças envolvidas no ato de trocar de casal.

Vocês me lêem, me ouvem e me vêem falando sobre swing e sobre esse amor com tanta naturalidade que até parece que eu nasci pra isso. Hoje, depois de 15 anos, diversas experiências, momentos desagradáveis e análise pessoal, sim: posso dizer que eu nasci pra ser liberal. Mas lá no começo não, nunca. O swing chamou minha atenção pelo sexo, mas ganhou meu respeito pela liberdade.

Swing é amor

A vivência no meio foi o fator mais importante para concluir que swing é amor. Analisar meus pensamentos e sentimentos em conjunto com pensamentos e atos do Marcio, foram a chave para estruturar quem eu sou hoje e a crença de que o amor liberal é o mais adequado para a nossa relação. A primeira reação ao swing foi “eeecaaa”, assim como a maioria das pessoas.

A diferença é que eu não tive preguiça de sair da zona de conforto, não tive medo de entrar em contato com algo novo; foi assim que encontrei no swing o estilo de amor que eu acredito ser o mais próximo daquilo que eu aprendi que é amor. 

Amor liberal não se resume a permitir sexo com outras pessoas. Please, amores, isso é raso demais. Esse sexo livre é o que a sociedade rotula para definir swing, assim como ela rotula todo swinger de corno e puta. A verdade é que fazer sexo com outra pessoa é fácil, mas pra ver seu parceiro fazendo sexo com outro é preciso muito desprendimento.

Processos internos

Por isso o swing (troca de casais) não é a mesma coisa (psicologicamente falando) de menage ou suruba. Os processos internos são muito mais complexos na troca do que em qualquer outra prática liberal. Não é só questão de ciúme, mas cabe aí uma reaprendizagem, uma recalibragem, uma reestruturação de pensamento que tire a ideia de posse (minha mulher, meu marido), controle (eu permito) e tantas outras minas que adoecem um relacionamento.

O psiquiatra Andreas Stravogiannis diz que “uma relação saudável precisa de honestidade, comunicação assertiva, aceitação da pessoa como ela é e respeito.” Eu não sei vocês, mas o swing foi o único lugar que eu encontrei relações mais honestas, onde os parceiros não precisam ter medo de dizer que sentem desejo por outras pessoas. A forma como o casal lida com esse sentimento é que determina os outros três componentes da relação saudável. Havendo boa comunicação, aceitação sem julgamentos e respeito, não tem como dizer que amor liberal não é amor.

Vocês sabem qual a diferença do amor liberal para outros tipos de amores? Nenhuma! Amor é amor e ponto final.

Tradicional, não-monogâmico, poliamor, trisal, LGBTQIA+… toda forma de amor é amor. Mas parece que ainda teremos que repetir isso por muitos anos antes de sermos respeitados pela escolha desse amor sexualizado que fizemos. Que seja!

Amor é amor e ponto final.

Beijossssssssssssssssssss

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