Esse assunto dá pano pra manga, né? A primeira vez que escrevi sobre o bi masculino foi em 2014, época em que encontrar um cara bissexual no swing era coisa rara. E hoje, quatro anos depois, mudou alguma coisa? Simmmmmm! Pra caramba!!
De lá pra cá os homens que curtem bi masculino começaram a assumir essa preferência publicamente. Se há alguns anos atrás era difícil ver casais declarando em seus perfis que o marido é bi (curioso ou assumido), hoje é bem mais fácil de encontrar a bissexualidade masculina na descrição do casal.
Hoje já se encontram tópicos de discussão sobre o bi masculino, já se fala abertamente sobre homens chuparem rolas, levarem leitinho de outro na cara ou serem penetrados enquanto chupam a boceta da esposa. Separei alguns fatores que, na minha visão de mundo liberal, contribuíram para a alta do bi masculino no swing:
Fantasias
A propagação do Cuckold, que é uma das fantasias mais em alta no momento, tem dado coragem a muito marmanjo de experimentar (pelo menos) interação com outro homem. O menage masculino e a interação com transexuais são outras fantasias que, sendo alimentadas na imaginação, favorecem a ação na vida real.
Quebra de Tabus
Vivemos um momento da história onde a “modernidade” prega que todos podem fazer tudo o que quiserem – e merecem respeito por suas escolhas. Isso tem sido motivação para muitos homens assumirem seus desejos (finalmente, né?), porque se sentem protegidos por um pensamento coletivo de respeito ao que é diferente.
Autoconhecimento
Nada é mais fortalecedor quando falamos de aceitação do que conhecer a si mesmo. Quando a pessoa sabe quem é, do que gosta e o que quer, ela ganha uma força tremenda para agir em prol daquilo que acredita. Tudo o que é intrínseco, ou seja, que vem de dentro da pessoa, é mais poderoso do que qualquer outro estímulo. Em outras palavras, quando alguém decide dentro de si que vai fazer alguma coisa… sai de baixo!
Mas ainda tem duas coisas complicadas quando falamos sobre o bi masculino no swing: preconceito e respeito. Quando um cara bissexual esquece de respeitar o cara que é hétero, o preconceito pode se instalar. Ainda é complicado para a comunidade masculina heterossexual aceitar determinadas atitudes de um bissexual quando estas estão ligadas à falta de respeito à escolha de quem decidiu não se relacionar com alguém do mesmo sexo.
Imaginem que um homem hétero está na salinha, chega um homem bi e começa a passar a mão no pênis do hétero. É a mesma coisa de sair enfiando a mão na boceta da mulherada sem permissão. Isso é falta de respeito e já discutimos muito sobre o assunto aqui no blog. (né?).
Entendo que no fim das contas, todas as interações que rolam no swing DEVEM ter como princípio básico o respeito ao outro. Porque não se trata apenas de gosto pessoal, não se trata de preferências ou de ser mal resolvido. É sexo, e sexo sem consentimento é crime. Ponto.
Eu particularmente sou muito a favor de qualquer prática sexual que dê prazer para quem pratica. Não é o que se faz, mas o prazer sentido ao fazer determinada coisa. E talvez essa seja a grande questão: eu sinto tesão no bi masculino?
No swing tudo é permitido, então você pode sentir prazer (e colocar em prática) em qualquer coisa que quiser. Porém, nada é obrigatório, então é preciso tomar cuidado para não “obrigar” outro cara a gostar do bi só porque você ficou afim dele, capice?
Quanto mais respeito ao outro, menos preconceito haverá. Esses dias alguém me perguntou se casais héteros saíam com casais bi e a resposta está aqui, senhoras e senhores. A balança entre o preconceito e o respeito depende da atitude de um não forçar a barra com o outro.
Nada de querer “converter” o outro pro seu gosto pessoal (deixe isso para os evangélicos), nada de sair pegando em órgãos genitais sem a permissão do outro, nada de insistir em algo que você já sabe que o outro não quer. Ou que o outro não é. É assim que o respeito sobe e o preconceito desce.
Beijosssssssss